Nem tudo são flores.

Duas ótimas semanas viajando. Conhecendo lindos lugares, pessoas maravilhosas e principalmente aprendendo muito. Cada dia era um aprendizado novo, reafirmações de aprendizados antigos ou mudança de opinião. Em meio a tudo isso várias reflexões sobre a própria vida. Várias. Sobre as pessoas com quem se convive. Sobre os planos para o futuro e sobre as escolhas imediatas. Parece muita coisa. Mas tudo aconteceu de forma tão natural que quando cheguei em casa tava tudo diferente. Senti saudade de lá. Do mundo de novas experiências. Mas estar aqui faz parte das escolhas. E devagarinho tudo foi meio que se encachando e fazendo sentido com as novas visões. Aqui é o meu lugar mesmo!
Mas... como nem tudo tudo são flores. Acontece de a pessoa pegar uma gripe de fazer os ossos doerem... E ainda estão doendo agora enquanto digito.
Mas vai passar. Graças aos analgésicos e antitérmicos, vitaminas C, chás, melados, etc, etc, etc.
Ainda bem que eu voltei pra minha mãezinha a tempo!

Ouro Preto

Ouro Preto. Como diz uma música do rei Roberto: são tantas emoções. E foram mesmo. Muitas. Mas as de Ouro Preto foram mais emocionantes ainda. 

Um lugar lindo por natureza. Em função da própria natureza que torna o clima super agradável, em função de suas construções com todos os detalhes históricos que fazem da visita a cada igreja, a cada museu um passeio em tempo quase real à história do Brasil.

Mas um detalhe pra mim tornou a visita a esse lugar lindo mais que especial: uma paz, uma vontade de ficar, de morar, de conhecer cada casa. Enfim.

 Morar não, por vários motivos, mas eu vou voltar lá com certeza. 

Belo Horizonte - 5° dia - 08/10/10

Mais uma experiência incrível. No meio de uma favela de B. H. existe uma associação cultural chamada Grupo do Beco que desenvolve um trabalho teatral na própria comunidade. Seria uma descrição completa não fosse a história belíssima por trás da construção desse grupo. Construção essa que se deu acompanhada de diversas dificuldades que fizeram do grupo um exemplo de persistência a ser seguido em qualquer situação.

Belo Horizonte - 2° dia - 05/10/10

Manhã e tarde foram dedicadas a uma visita ao Galpão Cine Horto. Uma associação que desenvolve um trabalho teatral incrível em B. H. Compõem suas atividades a realização de oficinas de teatro, apresentações em locais públicos, trabalhos sociais em comunidades carentes, enfim, trabalham muito. E esse trabalho é conhecido e valorizado nacional e internacionalmente, sendo também referência em termos culturais.

Contam com parcerias como a do Instituto Unimed, uma empresa ligada à Unimed Minas, que desenvolve atividades sociais e utilizam a cultura como uma das ferramentas.

À noite aconteceu a abertura do 2º Seminário Internacional de Gestão Cultural com tema Espaços Culturais. O seminário aconteceu nos dias 06, 07 e 08/10/10 e trouxe informações importantíssimas acerca dos espaços em que as atividades culturais são desenvolvidas. Foi falado sobre a importância de se adequar os espaços para cada atividade que for ser desenvolvida e também que independente do local o importante é desenvolver a arte. Dois inversos que tem suas peculiaridades e suas belezas quando acontecem. Como exemplo da primeira situação foi mostrado um projeto para construção de um espaço cultural em Madri totalmente planejado para diversos tipos de arte.  Para exemplificar o segundo caso foi mostrado um projeto MARAVILHOSO desenvolvido em uma favela de São Paulo. Uma associação chamada Cooperifa trabalha com literatura na comunidade em que está instalada. São desenvolvidas atividades literárias para todas as idades e uma delas, a mais bonita na minha opinião, é a chuva de poesia, onde muito balões enchidos com gás hélio são soltos no ar carregando cada um uma poesia, um poema ou uma simples mensagem de amor e paz. Foi uma das experiências mais lindas que eu vi. É mais uma prova que não ter recursos financeiros, não significa, nem de longe, não poder ter acesso à cultura e de certa forma desenvolver hábitos, como a leitura, que tornam muitas vidas melhores. Essas são palavras das próprias pessoas que participam das atividades desenvolvidas pela Cooperifa.

Belo Horizonte - 1° dia - Tarde - 04/10/10

Praça da Liberdade. Outro lugar especial de B. H. Aqui as pessoas se encontram para namorar, para ler, para pintar, para acessar a internet (isso mesmo, tem internet wifi pro povo). Além de tudo ao redor da praça, onde funcionava o poder executivo do estado, cada prédio referente a uma secretaria será transformado em centro de cultural.

 B. H. é assim: exala cultura por todos os cantos. 

O Palácio das Artes, também projetado por Niemayer, é um complexo cheio de espaços voltados às artes. Dentre eles o maior teatro de B. H. com capacidade para 1.700 pessoas, cheio de tecnologias para que os espetáculos que ali se apresentam possam ter as emoções que cada um pede. 

Para fechar o dia com chave de ouro aconteceu um reunião com pessoas ligadas ao desenvolvimento cultural de Minas.  Foi falado sobre a dificuldade de se construir políticas públicas em parceria com o poder público. E como exemplo de que essa parceria pode dar certo foram apresentados detalhes do programa Música Minas.  Trata-se de um projeto construído e desenvolvido por associações culturais e que recebe total apoio do governo do estado de MG para acontecer. Ficou claro que essa parceria concretizou-se principalmente pela iniciativa das associações, mas também porque havia interesse por parte do governo de que as idéias fossem desenvolvidas.

O Programa conta hoje com seis associações. Desenvolve suas atividades através de editais que contempla feiras culturais, concessão de passagens e confecção de catálogos para grupos musicais.  O Programa hoje é referência em desenvolvimento cultural dentro e fora Brasil.

Belo Horizonte - 1º Dia - Manhã - 04/10/10

Aconchegante! É o adjetivo perfeito para definir essa cidade deliciosa. O clima é ótimo. Os lugares são acolhedores. As pessoas são muito agradáveis.
Cada lugar tem um ar de vida, mesmo os mais antigos.

A Lagoa da Pampulha é muito bela. Rodeada de muitas árvores e plantas de todos os tipos ainda reserva, apesar do modernismo da poluição, traços da idéia dal qual nasceu, a de ser um lugar onde as famílias de B.H. pudessem acampar, fazer piqueniques e apreveitar a natureza mais de perto.

Ao redor da Lagoa tem o Palácio das Artes. Durante muito tempo foi palco de várias apresentações culturais. Hoje é um museu de artes. Ainda acontecem espetáculos, mas e muito raro. O prédio foi projetado por Oscar Niemeyer.

Ainda ao redor da Lagoa a Igreja de São Francisco ou da Pampulha como ouvi ser chamada também. Muito linda!! Também projetada por Niemeyer e toda ladeada por pinturas de Portinari. Fotos de dentro nem pensar! Mas é um mergulho na história. E pra quem gosta de artes plásticas e de Portinari (saudades das aulas da Mary Leitão) é um prato cheio.

B.H. é lugar cheio de coisas interessantíssimas pra se conhecer. E olha que foi o primeiro dia. Mas já deu pra perceber que nada se esgota. Palavras de pessoas que morarm aqui há muitos anos.

Encontramos capivaras ao lado do Palácio das Artes. Uma agradávels surpresa que não poderia deixar de ter um registro. Muito legal.

Belo dia!

 Olhando pela janela da sala onde trabalho (me permiti abri as percianas por que o sol se escondia em parte) comecei a sentir uma tranquilidade pelo dia agradável que estava começando. Sem calor excessivo, sem tarefas stressantes no trabalho, minhas correções da mono feitas. Só na paz!! E em meio a esse momento de reflexão, começa a cair uma chuvinha! Que delícia!
Eu realmente mereço depois da tarde e noite com dor de cabeça ontem.
Nem assisti todo o debate! Mas até a parte que vi, a Marina só confirmava o meu voto nela. É o que o nosso País/planeta precisa!! De Marina.